LÚCIFER
LÚCIFER
A Rebelião de Lúcifer
LÚCIFER era um brilhante Filho Lanonandeque primário de Nébadon. Possuía experiência de serviço em muitos sistemas, havia sido um alto conselheiro do seu grupo e distinguira-se pela sabedoria, sagacidade e eficiência. Era o número 37 da sua ordem e, quando indicado pelos Melquisedeques, fora distinguido como uma das cem personalidades mais capazes e brilhantes entre mais de setecentos mil da sua espécie. Vindo de um começo tão magnífico, por meio do mal e do erro, abraçou o pecado, e agora está numerado como um dos três Soberanos de Sistemas em Nébadon que sucumbiram ao impulso do ego e renderam-se aos sofismas de uma liberdade pessoal espúria — a rejeição da lealdade universal, a desconsideração pelas obrigações fraternais e a cegueira para as relações cósmicas.
No universo de Nébadon, domínio
de Cristo Michael, há dez mil sistemas de mundos habitados. Em toda a história
dos Filhos Lanonandeques, durante o seu trabalho em todos esses milhares de
sistemas e na sede-central do universo, apenas três Soberanos de Sistemas
desrespeitaram o governo do Filho Criador.
1. Os
Líderes da Rebelião
Lúcifer reinou “sobre
a montanha sagrada de Deus”, a montanha administrativa de Jerusém, pois era o
dirigente executivo de um grande sistema de 607 mundos habitados.
Quase nada foi ouvido sobre
Lúcifer em Urântia, devido ao fato de haver designado o seu primeiro
assistente, Satã, para advogar a sua causa no vosso planeta. Satã, um membro do
mesmo grupo de Lanonandeques primários, jamais funcionou como um Soberano de
Sistema; mas participou totalmente da insurreição de Lúcifer. E o “diabo” não é
nenhum outro senão Caligástia, o Príncipe Planetário deposto de Urântia, um
Filho Lanonandeque da ordem secundária. Na época em que Michael esteve na carne
em Urântia, Lúcifer, Satã e Caligástia aliaram-se para, juntos, tentar causar o
insucesso da sua missão de auto-outorga. Todavia, tiveram um fracasso notável.
Abaddon era o dirigente do corpo de assistentes de Caligástia. Ele
seguiu o seu chefe na rebelião e, desde então, atuou como dirigente executivo
dos rebeldes de Urântia. Belzebu foi o líder das criaturas intermediárias
desleais que se aliaram às forças do traidor Caligástia.
O dragão afinal tornou-se uma representação simbólica de tais
personagens do mal. Com o triunfo de Michael, “Gabriel veio de Sálvington e
acorrentou o dragão (todos os líderes rebeldes) por uma idade”. Dos rebeldes
seráficos de Jerusém, está escrito: “E aos anjos que não mantiveram o seu
estado original e que deixaram a sua própria morada, ele os prendeu nas
correntes seguras da obscuridade para o grande dia do julgamento”.
As Causas da Rebelião
Lúcifer e o seu primeiro assistente, Satã, haviam reinado já em
Jerusém por mais de quinhentos mil anos, quando, nos seus corações, começaram a
alinhar-se contra o Pai Universal e o Seu Filho, o então vice-regente Michael.
Não houve qualquer condição
peculiar ou especial, no sistema de Satânia, que sugerisse ou favorecesse a
rebelião. Acreditamos que a idéia tomou origem e forma na mente de Lúcifer; e
ele haveria de instigar tal rebelião, não importando onde estivesse servindo.
Inicialmente Lúcifer anunciou os seus planos a Satã, todavia foram necessários
vários meses para que a mente deste parceiro capaz e brilhante fosse
corrompida. Contudo, uma vez convertido às teorias rebeldes, Satã tornou-se um
defensor ousado e sincero da “afirmação de si e da liberdade”.
Ninguém jamais sugeriu a
Lúcifer uma rebelião. A idéia da auto-afirmação, em oposição à vontade de
Michael e aos planos do Pai Universal, tais como representados por Michael,
teve a sua origem na própria mente de Lúcifer. As relações dele com o Filho
Criador haviam sido sempre estreitas e cordiais. Nem tudo estava em paz
na mente de Lúcifer.
O Manifesto de Lúcifer
Quaisquer
hajam sido as origens primeiras do desacerto nos corações de Lúcifer e de Satã,
a explosão final tomou forma na Declaração de Liberdade de Lúcifer. A causa dos
rebeldes foi declarada sob três pontos principais:
1. A realidade do Pai Universal. Lúcifer alegou que o Pai Universal não existe
realmente, que a gravidade física e a energia do espaço são inerentes ao
universo e que o Pai seria um mito, inventado pelos Filhos do Paraíso, no fito
de capacitá-los a manter o governo dos universos em nome Dele. Negou que a
personalidade fosse uma dádiva do Pai Universal. E chegou a sugerir, até mesmo,
que os finalitores estivessem juntos, em conspiração, com os Filhos do Paraíso,
para impor tal fraude a toda a criação, posto que nunca chegavam trazendo uma
idéia suficientemente clara da personalidade autêntica do Pai, tal como se pode
discerni-la no Paraíso. Lúcifer lidava com a reverência como se esta fora uma
ignorância. A acusação foi radical, terrível e blasfema. E esse ataque velado
contra os finalitores, sem dúvida, foi o que influenciou os cidadãos
ascendentes, então em Jerusém, levando-os a permanecerem firmes e manterem-se
constantes, resistindo a todas as propostas rebeldes.
2. O
governo universal do Filho Criador — Michael. Lúcifer sustentava que
os sistemas locais deveriam ser autônomos. Protestava contra o direito do Filho
Criador, Michael, de assumir a soberania de Nébadon, em nome de um Pai do
Paraíso hipotético, bem como de exigir de todas as personalidades que reconhecessem
lealdade a esse Pai nunca visível. Afirmava que todo o plano de adoração seria
um esquema sagaz para o engrandecimento dos Filhos do Paraíso. Estava disposto
a reconhecer Michael como o seu Pai-Criador, mas não como o seu Deus, nem como
o seu governante de direito.
Lúcifer
atacou, com profunda amargura, o direito dos Anciães dos Dias — “potentados
estrangeiros” — de interferir nos assuntos dos sistemas e universos locais. A
esses governantes, ele os denunciou como tiranos e usurpadores. E exortou seus
seguidores a acreditarem que nenhum desses governantes poderia fazer algo que
interferisse na operação de conquista de um governo autônomo, desde que homens
e anjos tivessem tão só a coragem para afirmar-se a si próprios bem como, de modo
ousado, reclamar os seus direitos.
Argumentou
que os executores dos Anciães dos Dias poderiam ser impedidos de funcionar nos
sistemas locais; para tanto bastava que os seres nativos afirmassem a sua
independência. Sustentava que a imortalidade era inerente às personalidades do
sistema, que sendo natural e automática, a ressurreição, todos os seres
viveriam eternamente, não fossem os atos arbitrários e injustos dos executores
a mando dos Anciães dos Dias.
3. O ataque ao plano universal de
aperfeiçoamento dos ascendentes mortais. Lúcifer sustentava que um
tempo longo demais e uma energia excessiva estavam sendo despendidos no esquema
de instruir e preparar tão cuidadosamente os mortais ascendentes, nos
princípios da administração do universo, princípios estes que, ele alegava,
seriam sem ética e malsãos.
E
foi com uma Declaração de Liberdade como essa que Lúcifer desencadeou a sua
orgia de trevas e de morte.
A
Eclosão da Rebelião
O manifesto de Lúcifer foi
emitido no conclave anual de Satânia, realizado no mar de cristal, em presença
das hostes reunidas de Jerusém, no último dia do ano, cerca de duzentos mil
anos atrás, no tempo de Urântia. Satã proclamou que a adoração podia ser
dedicada às forças universais — físicas, intelectuais e espirituais — mas que a
lealdade poderia apenas ser dedicada ao governante atual e de fato, Lúcifer, o
“amigo de homens e anjos” e o “Deus da liberdade”.
A auto-afirmação foi o grito de batalha da rebelião de Lúcifer. Um
dos seus argumentos principais foi o de que, se o autogoverno era bom e justo
para os Melquisedeques e outros grupos, seria igualmente bom para todas as
ordens de inteligência. Atrevido e persistente, advogava a “igualdade da mente”
e “a irmandade da inteligência”. Sustentava que todo governo deveria ser
limitado aos planetas locais e que a confederação desses sistemas locais
deveria ser voluntária. Rejeitava qualquer outra supervisão. E prometeu aos
Príncipes Planetários governarem os mundos como executivos supremos. Condenava
a concentração das atividades legislativas na sede-central da constelação e a
condução dos assuntos judiciais na capital do universo. Argumentando que todas
essas funções do governo deveriam ser centradas nas capitais dos sistemas,
começou a estabelecer a sua própria assembléia legislativa e organizou seus
próprios tribunais, sob a jurisdição de Satã. Depois mandou que os príncipes
apóstatas dos mundos fizessem o mesmo.
Todo o gabinete administrativo
de Lúcifer seguiu-o em um só bloco e prestou um juramento público na qualidade
de oficiais da administração da nova direção dos “mundos e sistemas liberados”.
A Lúcifer foi permitido estabelecer totalmente e organizar
cuidadosamente o seu governo rebelde, antes que Gabriel fizesse qualquer
esforço para contestar o direito de secessão ou de contradizer a propaganda
rebelde. Mas os Pais da Constelação, imediatamente, confinaram a ação dessas
personalidades desleais ao sistema de Satânia. Esse período de demora, contudo,
foi uma época de grande provação e testes para os seres leais de todo o Satânia.
Durante alguns anos, tudo ficou caótico e houve uma grande confusão nos mundos
das mansões.
A
Natureza do Conflito
Quando a rebelião de Satânia
estourou, Michael aconselhou-se com Emanuel, o seu irmão do Paraíso. Em seguida
a essa significativa conferência, Michael anunciou que seguiria a mesma
política que havia caracterizado o tratamento dado a levantes semelhantes no
passado: uma atitude de não-interferência.
Na época dessa rebelião e das duas que a precederam, não havia
nenhuma autoridade soberana absoluta e pessoal no universo de Nébadon. Michael
governava por direito divino, como vice-regente do Pai Universal, mas não ainda
pelo seu próprio direito pessoal. Não havendo completado a sua carreira de
auto-outorgas, Michael ainda não havia sido investido com “todo o poder nos
céus e na Terra”.
Posto que Michael escolheu permanecer à margem da atividade da
guerra, na rebelião de Lúcifer, Gabriel reuniu o seu corpo pessoal de
assistentes em Edêntia e, em conselho com os Altíssimos, optou por assumir o
comando das hostes leais de Satânia. Michael permaneceu em Sálvington, enquanto
Gabriel rumou para Jerusém e, estabelecendo-se na esfera dedicada ao Pai — o
mesmo Pai Universal cuja personalidade Lúcifer e Satã punham em dúvida —, na
presença das hostes reunidas das personalidades leais, Gabriel içou a bandeira
de Michael, o emblema material do governo da Trindade para toda a criação: três
círculos concêntricos na cor azul-celeste sobre um fundo branco.
“Houve guerra nos céus; o comandante de Michael e os seus anjos
lutaram contra o dragão (Lúcifer, Satã e os príncipes apóstatas); e o dragão e
os seus anjos rebeldes lutaram, mas não prevaleceram.” Essa ‘guerra nos céus”
não foi uma batalha física, como um conflito dessa ordem poderia ser concebido
em Urântia. Nos primeiros dias da luta, Lúcifer permaneceu continuamente no
anfiteatro planetário. Gabriel conduziu uma interminável exposição dos sofismas
rebeldes, da sua sede-central estabelecida nas cercanias. As várias
personalidades presentes à esfera, e que estavam em dúvida quanto à própria
atitude, iam e voltavam em meio a essas discussões, até que chegaram a uma
decisão final.
(606.3) 53:5.7 Mas
essa guerra nos céus foi muito terrível e muito real. Ainda que não haja havido
uma demonstração das barbáries tão características da guerra física dos mundos
imaturos, esse conflito foi ainda mais mortal; a vida material fica em perigo
no combate material, mas a guerra nos céus foi travada pondo em risco a vida
eterna.
A
História da Rebelião
A rebelião de Lúcifer teve o
âmbito de todo o sistema. Trinta e sete Príncipes Planetários em secessão
conduziram as administrações dos seus mundos para o lado dos líderes rebeldes.
Apenas em Panóptia, o Príncipe Planetário fracassou ao tentar levar o seu povo
consigo. Nesse mundo, sob a liderança dos Melquisedeques, o povo congregou-se
em apoio a Michael.
Ao longo desse período, Caligástia advogou a causa de Lúcifer, em
Urântia. Os Melquisedeques opuseram-se habilmente ao Príncipe Planetário
apóstata, todavia os sofismas de uma liberdade sem limites e as ilusões de
auto-afirmação tiveram todas as oportunidades para enganar os povos primitivos
de um mundo jovem e sem desenvolvimento.
Toda a propaganda da secessão teve de ser feita por meio do
esforço pessoal, porque o serviço de transmissão e todas as outras vias de
comunicação interplanetária haviam sido suspensas pela ação dos supervisores
dos circuitos do sistema. No momento da eclosão da insurreição, todo o sistema
de Satânia foi isolado, tanto dos circuitos da constelação, quanto dos
circuitos do universo. Durante esse tempo, todas as mensagens que chegavam e
saíam eram despachadas por agentes seráficos e Mensageiros Solitários. Os
circuitos para os mundos caídos também foram cortados, de modo que Lúcifer não
utilizasse tais meios para fomentar o seu esquema nefando. E tais circuitos não
serão restaurados enquanto o rebelde supremo viver dentro dos confins de
Satânia.
Nenhum dos Filhos Trinitarizados transviou-se. Todos os
Melquisedeques, os arcanjos e os Brilhantes Estrelas Vespertinas permaneceram
leais a Michael e, ao lado de Gabriel, valentemente combateram pela vontade do
Pai e o governo do Filho.
De todos os querubins de Jerusém, um terço, ligado aos anjos
administradores, foi perdido junto com os seus serafins desleais. Dos
ajudantes planetários angélicos, designados para os Filhos Materiais, cerca de
um terço foi iludido, e quase dez por cento dos ministros de transição caíram
na armadilha. João viu isso simbolicamente quando escreveu sobre o grande
dragão vermelho, dizendo: “E a sua cauda atraiu uma terça parte das estrelas do
céu e jogou-as na obscuridade”.
Dos 681 217 Filhos Materiais perdidos em Satânia, noventa e cinco
por cento foram vítimas da rebelião de Lúcifer. Um grande número de criaturas
intermediárias perdeu-se nos planetas cujos Príncipes Planetários uniram-se à
causa de Lúcifer.
Todos os mortais ascendentes sobreviveram à dura prova e emergiram
triunfantes e vitoriosos do teste crucial”. E uma mensagem chegou em
Sálvington, em Uversa e no Paraíso, transmitindo a certeza de que a experiência
de sobreviver, na ascensão mortal, é a maior proteção contra a rebelião e a salvaguarda
mais segura contra o pecado. Esse nobre grupo somava exatamente 187 432 811
mortais fiéis.
Com a chegada de Lanaforge [substituto de Lúcifer], os líderes
rebeldes foram destronados e afastados de todos os poderes governantes, embora
se lhes haja sido permitido transitar livremente em Jerusém, nas esferas
moronciais e mesmo nos mundos individuais habitados. Eles continuaram com os
seus esforços sedutores e enganadores, confundindo e desorientando as mentes de
homens e anjos. Mas, no que concerniu ao seu trabalho no monte administrativo
de Jerusém, “não houve mais lugar para eles”.
Caligástia foi reconhecido, pelo Filho do Homem, como sendo
tecnicamente o Príncipe de Urântia, até perto da época da morte de Jesus. Disse
Jesus: “Agora é o juízo deste mundo; agora o príncipe deste mundo será
deposto”. E então, ainda mais perto de completar o trabalho da sua vida, ele
anunciou: “O Príncipe deste mundo está julgado”. E é este mesmo Príncipe
destronado e desacreditado que certa vez foi chamado de “Deus de Urântia”.
O último ato de Michael antes de deixar Urântia foi o de oferecer
misericórdia a Caligástia e Daligástia, mas estes desdenharam a afetuosa
oferta. Caligástia, o vosso Príncipe Planetário apóstata, ainda está em
Urântia, livre para continuar os seus desígnios nefandos, mas não tem
absolutamente nenhum poder para entrar nas mentes dos homens, nem pode
aproximar-se das suas almas para tentá-las ou corrompê-las, a menos que
realmente desejem ser amaldiçoadas pela sua presença perversa.
Todavia, desde o dia de Pentecostes, esses traidores, Caligástia e
o seu igualmente desprezível parceiro, Daligástia, passaram a ser servis
perante a majestade divina dos Ajustadores do Pensamento do Paraíso e o
Espírito da Verdade, o espírito de Michael que foi efusionado em toda a carne,
como protetor.
Mesmo assim, porém, jamais nenhum espírito caído teve o poder de
invadir as mentes ou acossar as almas dos filhos de Deus. Nem Satã, nem
Caligástia não poderiam jamais tocar, nem sequer se aproximar dos filhos de
Deus pela fé; a fé é uma armadura eficaz contra o pecado e a iniqüidade. É
verdade que: “Aquele que nasceu de Deus, guarda-se, e o maligno não toca nele”.
(610.5) 53:8.9 Em
geral, quando se supõe que mortais fracos e dissolutos estejam sob a influência
de diabos e demônios, na verdade estão meramente sendo dominados pelas suas
próprias tendências vis inerentes, sendo transviados pelas próprias propensões
naturais. Ao diabo tem sido dada uma grande quantidade de crédito, por um mal
que não advém dele. Caligástia tem sido relativamente impotente, desde a cruz
de Cristo.
O
Status Atual da Rebelião
(610.6) 53:9.1 Nos
primeiros dias da rebelião de Lúcifer, a salvação foi oferecida a todos os
rebeldes, por Michael. A todos aqueles que dessem prova de arrependimento
sincero, ele ofereceu, quando chegasse a alcançar a sua soberania completa no
universo, o perdão e o restabelecimento em alguma forma de serviço no universo.
Nenhum dos líderes aceitou essa oferta misericordiosa. Mas milhares de anjos e
ordens inferiores de seres celestes, incluindo centenas de Filhos e Filhas
Materiais, aceitaram a misericórdia proclamada pelos Panoptianos e lhes foi
dada a reabilitação na época da ressurreição de Jesus, há cerca de mil e
novecentos anos. Esses seres, desde então, foram transferidos para o mundo do
Pai, em Jerusém, onde devem ser mantidos, tecnicamente presos, até que as
cortes de Uversa baixem alguma decisão sobre o caso de Gabriel versus Lúcifer.
Contudo, ninguém duvida de que, quando o veredicto da aniquilação for emitido,
essas personalidades arrependidas e salvas ficarão eximidas do decreto de
extinção. Tais almas, em provação, trabalham agora com os Panoptianos na tarefa
de cuidar do mundo do Pai.
O arquifarsante nunca mais esteve em Urântia, depois dos dias em
que tentou desviar Michael do propósito de completar a auto-outorga e
estabelecer a si próprio, final e seguramente, como o governante irrestrito de
Nébadon. Quando Michael tornou-se o soberano estabelecido do universo de
Nébadon, Lúcifer foi levado em custódia pelos agentes dos Anciães dos Dias de
Uversa e, desde então, tem estado prisioneiro, no satélite de número um, do
grupo do Pai, nas esferas de transição de Jerusém. E, ali, os governantes de
outros mundos e sistemas podem contemplar o fim do infiel Soberano de Satânia.
Paulo sabia do status desses líderes rebeldes, depois da auto-outorga de
Michael, pois escreveu sobre os chefes de Caligástia como as “hostes
espirituais da maldade, nas regiões celestes”.
Satã foi permitido fazer visitas periódicas aos príncipes
apóstatas nos mundos caídos, até um outro Filho de Deus ser aceito por esses
mundos apóstatas, ou até o momento em que as cortes de Uversa comecem o
julgamento do caso de Gabriel versus Lúcifer.
É verdade que Satã visitou periodicamente Caligástia e outros
príncipes caídos, exatamente até o momento da apresentação dessas revelações,
quando aconteceu a primeira das audiências solicitadas por Gabriel para o
aniquilamento dos líderes rebeldes. Satã, no entanto, está agora
incondicionalmente detido nos mundos de prisão de Jerusém.
Nós não antecipamos uma eliminação das restrições atuais feitas a
Satânia, antes que os Anciães dos Dias hajam tomado uma decisão final sobre os
líderes rebeldes. Os circuitos do sistema não serão reinstalados enquanto
Lúcifer estiver vivo. Nesse meio tempo, ele está totalmente inativo.
A rebelião terminou em Jerusém. Ela cessa, nos mundos caídos, tão
logo os Filhos divinos cheguem até eles. Acreditamos que os rebeldes que algum
dia iriam aceitar a misericórdia já o fizeram, todos. Aguardamos pela
teletransmissão que, em um clarão de relâmpago, irá privar tais traidores da
existência da sua personalidade. Antecipamos que o veredicto de Uversa, a ser
anunciado nessa transmissão, indicará a ordem de execução que irá efetivar a
aniquilação desses rebeldes aprisionados. E então vós ireis procurá-los nos
lugares deles, mas eles não serão encontrados. “E aqueles que vos conhecem,
entre os mundos, espantar-se-ão convosco; pois fostes um terror, mas nunca mais
o sereis novamente”. E assim todos esses traidores indignos “serão como se
nunca houvessem existido”. Todos aguardam o decreto de Uversa.
Contudo, durante idades, os
sete mundos de prisão, de escuridão espiritual em Satânia, constituíram um
solene aviso para todo o Nébadon, proclamando eloqüente e efetivamente a grande
verdade “de que o caminho do transgressor é duro”; “pois dentro de cada pecado
está oculta a semente da sua própria destruição”; e que “a recompensa do pecado
é a morte”.
Compilado por: Luiz Clédio
Monteiro – dez/2017
fonte: [Apresentado por Manovandet Melquisedeque, anteriormente vinculado à administração provisória de Urântia.]
fonte: [Apresentado por Manovandet Melquisedeque, anteriormente vinculado à administração provisória de Urântia.]
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