OS RELIGIOSOS E POLÍTICOS DA PALESTINA
OS RELIGIOSOS E POLÍTICOS DA PALESTINA
Jesus esforçou-se para ensinar aos seus discípulos qual deveria
ser a atitude deles em relação aos vários grupos religiosos e aos partidos
políticos da Palestina. As palavras de Jesus eram sempre: “Estamos procurando
conquistar todos eles, mas não pertencemos a nenhum deles”.
FARISEUS
- Os escribas e os rabinos, juntos, eram chamados fariseus. Eles referiam-se a
si próprios como os “parceiros”. Sob muitos pontos de vista eles eram um grupo
progressista, entre os judeus, tendo adotado muitos ensinamentos não claramente
encontrados nas escrituras dos hebreus, tais como acreditar na ressurreição dos
mortos, uma doutrina apenas mencionada por Daniel, um dos últimos profetas.
SADUCEUS
- Eram compostos pelo sacerdócio e por certos judeus ricos. Eles não eram tão
cheios de rigor pelos detalhes da aplicação da lei. Os fariseus e os saduceus,
na realidade, eram mais partidos religiosos, do que seitas.
ESSÊNIOS
- Eram uma seita verdadeiramente religiosa, originada durante a revolta dos
macabeus, cujos princípios eram, sob alguns aspectos, mais exigentes do que
aqueles dos fariseus. Eles haviam adotado muitas crenças e práticas persas;
viviam como uma irmandade, em monastérios, abstinham-se do casamento e possuíam
todas as coisas comunitariamente. E especializaram-se em ensinamentos sobre os
anjos.
ZELOTES
- Eram um grupo de ardentes patriotas judeus. Eles advogavam que todo e
qualquer dos métodos se justificaria na luta para escapar da escravidão do jugo
romano.
HERODIANOS - Eram um partido puramente político, que advogava a emancipação
do governo romano direto, pela restauração da dinastia de Herodes.
SAMARITANOS - Bem no meio da Palestina viviam os samaritanos, com quem
“os judeus não faziam nenhum negócio”, não obstante tivessem eles muitos pontos
de vista semelhantes aos ensinamentos dos judeus.
NAZARITA
- Acreditavam na vinda, em algum tempo, do Messias. Eles todos buscavam um
libertador nacional.
BATISTA – A seita daqueles que acreditavam em João, mas que se recusavam
a aceitar Jesus. [Este grupo requer uma explicação mais detalhada]. Naquele
dia, enquanto Jesus e os seus quatro discípulos-apóstolos [o grupo estava em
formação], partiam para a Galiléia, houve um grande tumulto no acampamento dos
seguidores de João Batista. A primeira grande divisão estava para acontecer. No
dia anterior, João havia pronunciado, a André e a Ezdras, positivamente quanto
a Jesus ser o Libertador. André decidiu seguir Jesus, mas Ezdras rejeitou
aquele carpinteiro de maneiras suaves, de Nazaré, proclamando aos seus
companheiros: “O profeta Daniel declara
que o Filho do Homem virá, com as nuvens dos céus, em poder e em grande glória.
Esse carpinteiro da Galiléia, esse construtor de barcos de Cafarnaum, não pode
ser o Libertador. Pode vir, de Nazaré, uma tal dádiva de Deus? Esse Jesus é um
parente de João e, por excesso de bondade de coração, o nosso instrutor
enganou-se. Que permaneçamos afastados desse falso Messias”. Quando, por
causa dessas afirmações, João fez uma reprimenda a Ezdras, este se separou
levando muitos discípulos e dirigindo-se para o sul. E esse grupo continuou a
batizar em nome de João. Remanescentes desse grupo sobrevivem na Mesopotâmia
até os dias atuais.
Jesus foi muito positivo, ao deixar claro que ele e os seus
discípulos não se tornariam aliados de nenhuma dessas escolas de pensamento ou
de práticas. O Filho do Homem não seria nem um nazarita nem um essênio.
Se
bem que mais tarde Jesus houvesse ordenado que os apóstolos devessem partir,
como o fez João, e pregar os ensinamentos de Deus e instruir os crentes, ele
colocou ênfase na proclamação das “boas-novas do Reino do céu”. Ele repetia
infalivelmente, para os seus colaboradores, que eles deveriam “demonstrar amor,
compaixão e compreensão”. Muito cedo Jesus ensinou aos seus seguidores que o Reino do céu era uma
experiência espiritual que tinha a ver com a entronização de Deus nos corações
dos homens.
Fonte LU. 137:7.4
[Por Luiz Clédio
Monteiro – out/2018
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